sábado, 15 de novembro de 2008

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Luzes, euforia televisiva, reportagens do Pai natal na Lapónia, multibancos em curto circuito, parques de estacionamento sem espaço para um par de patins, centros comerciais em erupção, árvores recordistas em altura, música de boas festas tocada em sintetizadores, coro de Santo Amaro de Oeiras, listas de compras, TSF no trânsito, top de livros, papel de embrulho, familiares peganhentos, familiares na engorda, frutas cristalizadas, aquecedores insuficientes, casas geladas, Sozinho em Casa e Música no Coração, concerto do Papa na Basílica de São Pedro, e esse calor aconchegante da repetição anual das pessoas, dos cheiros, das conversas, das peúgas novas, como quem bebeu demasiados whiskeys no sofá diante da lareira - quente, cómodo, seguro, o tempo intacto nos ponteiros parados de um relógio de sala.

Foda-se, começou o Natal.

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2 comentários:

joaninha versus escaravelho disse...

É da idade... Isso passa-lhe... :)

Bela Sonhadora disse...

e cada vez gosto menos do natal e ainda por cima tenho que levar com o meu aniversario juntinho a essa data :S