terça-feira, 18 de novembro de 2008

nenhuma frase trabalhada, nenhuma vida no papel, nem no ecrã de um computador. quando a outra vida, a malvada, a dolorosamente real, a que só depende de acções e não de literatura, nos aparece assim, quando os outros morrem, e caem em desgraça, e precisam tanto de nós, todas as figuras de estilo são insuficientes. hoje temos o sangue contaminado, as nossas falhas, que nos cortam, que nos deixam lascas dentro da carne. hoje (ouve-me por favor) hoje é a sério. hoje tens a minha cara, o meu regresso, o meu coração invencível. vai demorar, vai-te doer, não sairás debaixo desse punho esmagador tão cedo. mas hoje prometo-te que não me vou embora. estou aqui. ouve-me. peço-te que me escutes esta vez: prometo-te, mano




prometo-te mesmo

que vai ficar tudo bem.






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2 comentários:

joaninha versus escaravelho disse...

Obrigada por escrever tão bem o que eu sinto hoje...

Babe disse...

Quem me dera a minha irmã. Só ela é que podia fazer isso.