quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Brief Enlighment
Thank you M. it's like you saved my life
Quando a saúde nos escapa como um carro na curva não sinalizada, quando a dor física nos faz acreditar na possibilidade de um deus, ainda que para alívio imediato, quando a agonia do corpo nos garante que jamais resistiríamos a uma sessão de tortura, quando uma mão na cabeça é a solução definitiva para o medo, só então desaparece o ultraje com coisas tão idiotas e pequenas como a histeria ronaldiana, o presidente da República ou as pessoas que não tomam duche de manhã. Tudo fica mais essencial, mais limpo, mais no osso. Só o amor subsiste. A dor é um estranho exercício de perspectiva. O problema é que rapidamente nos esquecemos, submergindo de novo na gordura dos dias. Ao menos, que as cicatrizes no avesso da carne patética - e as tuas mãos na minha cabeça - me sirvam de recordação.
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2 comentários:
Hey
O Portugal meu amor foi das melhores coisas que já vi na tv. O programa vai continuar ?
a memoria da dor ou a ausencia dessa memoria, é talvez o maior misterio da nossa existencia. como seria se sentissemos dor de cada vez que nos lembrassemos dela? viver sem a memoria fisica da dor eh inegavelmente uma bencao, mas ao mesmo tempo e' tao simples regressar a' superficialidade da "gordura dos dias" it makes me wonder... se tivessemos alguma dessa memoria sensorial nao seriamos talvez seres humanos de outra categoria? um beijo, j
ps: chazinho de pes de cerejeira. mamma knows, child. mamma knows :)
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