terça-feira, 14 de junho de 2011

Samba do fado da ausência


"Quando ela não estava, o apartamento parecia mais arrumado, chato como uma noite de Junho que sabia a Fevereiro, janelas tremendo no caixilho, os chinelos dela ainda espalhados na sala.

Quando ela não estava, ele dava-se conta de como tudo permanecia por tocar, incluindo o patético chapéu verde, que jamais usara na rua, mas que servira de adereço para o disparate matinal do riso - música a tocar bem alto, ele cantando e dançando de vassoura nas mãos."

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