Para G.
No outro dia pediram-me um livro e dei-me conta que, em minha casa, não tinha nenhum dos meus romances. Às vezes penso se este despojamento, esta despreocupação pelas coisas materiais, esta forma de fundamentalismo desinteressado, não será apenas uma manifestação da minha incapacidade para o compromisso, ou seja, imaturidade.
5 comentários:
sim. também. mas não só. não obstante, sim!
o facto de não nos preocuparmos com coisas materiais não faz de nós imaturos...
se calhar até nos faz mais livres e crescidos, porque sabemos diferenciar o futil do util, o materialismo do realmente necessario...
i guess so ^^
acho sinceramente que não ... nem te conhecendo :)
Nem assinaste ainda o meu exemplar...
cada vez mais me convenco que a maturidade tem muito pouco a ver com o compromisso. if at all it's the other way around. o compromisso eh como um selante de fissuras, fecha brechas, impede correntes de ar e, em ultima analise torna o ar morno e parado. nao ha muita coisa que cresca com ar morno e parado a nao ser fungos e bolor. muitas vezes quem escolhe o compromisso escolhe precisamente uma fuga a' maturidade. toma la que ja estas arrumado. daqui ja nao sais, daqui ja nao sai mais nada. e pronto. que sai a' descoberta da sua propria maturidade, do seu proprio crescimento raramente tem amarras precisamente porque tem duvidas e vai sempre te-las. e as duvidas sao o motor de tudo, mesmo quando sao das maiores dores de cabeca que o universo pode oferecer... nao quer isto dizer que todos os comprometidos _ com outra pessoa, com o trabalho, com o que quer que seja, sao todos uma cambada de pessoal a viver em casas com correntes de ar, em busca de uma solucao facil para as perguntas que ameacam martelar eternamente o pobre cranio... mas esse compromisso tem que ser muito especial e merecer a dedicacao diaria das perguntas constantes, do refrescar das ideias, da surpresa e da busca. e sao raras as pessoas que se podem gabar de os ter.
Enviar um comentário