quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Em tratamento
Hoje percebi que tinha escrito, em pouco tempo, dois textos com referências ao verão de 1984. E, em ambos os casos, trata-se de histórias de crescimento: uma passagem do estado sexual dormente ao estado sexual activo, ou seja, a curiosidade do cérebro e do corpo das crianças.
Ontem escrevi sobre Cristina e os seus beijos. Há umas semanas escrevi sobre a minha estreia na pornografia (apenas como utilizador) num artigo do jornal do Lux.
Um terapeuta talvez pudesse encontrar uma estrutura por de trás desta sexualidade articulada em histórias. E sobre a coincidência (ou não) destes episódios terem sido produzidos com poucas semanas de diferença, o terapeuta teria algo a mostrar-me sobre o funcionamento da minha cabeça, e sobre a forma como lido com as emoções e o sexo oposto. Mais ainda se tivermos em conta que estas histórias se passaram na infância. Eu seria um paciente divertido, garanto.
Mas, embora me apeteça, o meu orçamento não chega neste momento para terapia. Sem a ajuda de um profissional da arquitectura da felicidade em sessões de divã, resta-me ir dando ordem narrativa a tudo aquilo que vivi e ainda vivo. Fui feliz com os beijos da Cristina. Fui feliz com a descoberta da pornografia. Escrever faz-me bem, por isso sou feliz agora, no preciso momento que que pressiono esta tecla com um .
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1 comentário:
Se dizes que serias um paciente divertido, sou a favor de fazermos todos uma vaquinha para te pagar uma consulta. Tens é de filmar secretamente e pôr no blog. Aguçaste o meu espírito voyeur!
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